Mesmo que o foco do deita abaixo já seja outro, convém não esquecer o que se pode aprender com os catedráticos da chincha. Depois da jornada uefeira fica registrado que as derrotas do foculporto são uma espécie de adorno, que as derrotas dos sapos são dores de crescimento e que as vitórias do Benfica só são boas para aumentar as dores de corno. Na liga da farsa a doença soma e segue...
Tanto faladraram que Roger Schmidt só ainda não meteu Aursnes a guarda-redes que o norueguês resolveu pô-los mais raivosos. Claro que foi penalti descarado contra o Benfica. Claro que o Aursnes estava pelo menos 2 metros dentro do relvado. Basta olhar para a sua sombra dentro das quatro linhas a zombar com os especialistas. O que falhou foi o VAR não conseguir meia dúzia de frames de avanço, juntar a sombra ao corpo do novo guarda redes do Benfica para tornar o lance ilegal por meia rolha. E se já o fizeram noutras vezes...
Vi um Benfica (sem o som tóxico da sporttv) que, apesar das boas oportunidades do Casa Pia nos minutos iniciais, fez um jogo de sentido único, concentrado em atacar a baliza contraria excepto nos raros momentos em que foi forçado a defender. Não sei que tipo de futebol vê esta gente nem quais são os campeonatos onde há equipas que não permitem aos adversários ultrapassar a linha do meio campo. Eu não conheço nenhum, e vejo vários, pelo que até já estou a pensar em trocar de televisão. A minha só pode estar ultrapassada...
Numa televisão no prédio ao lado sei que viram um jogo onde o Benfica voltou a fazer tudo mal e todos viram como o balneário está partido. Os Jogadores em vez de olharem com atenção para uniões de facto como a do Gyokeres e Diomande andam todos à cacetada. A segunda parte, então, foi horrível, sempre com o Casa Pia a mandar na partida e com o treinador do Benfica, trucidado pela brutal competência de Gonçalo Santos, sem saber o que fazer à vida. Percebeu-se como Artur Cabral anda descontente. É verdade que festejou (mais ou menos) o golo de sorte que obteve (um ressalto que lhe caiu do céu aos trambolhões) mas faltou-lhe dar dois pinotes em campo e cruzar as mãos no rosto antes de saltar para o colo do treinador. Era o que faria o Taremi se o boneco o tivesse pelo menos convocado...
Dar 45 minutos de avanço ou os avisos. Não há remate à baliza do Benfica que não seja um aviso. Remates do Benfica à baliza dos adversários são tão maus e 'desenquadrados' que até desaparecem dos resumos televisivos. Os golos ou caiem do Céu ou são fruto do acaso. Qualquer badameco que não sabe a tabuada, soletra de cor e salteado todas as contas negativas do Benfica. Antes ejaculavam com o somatório das oportunidades desperdiçadas por Rafa, agora contam as bolas perdidas por Di Maria. E não há cruzamentos que os avançados não chegam a não engrossar as estatísticas. A Artur Cabral já o apelidaram de tudo até o caçarem à má fila no parque de estacionamento dos jogadores. Agora, ai dele se os verdadeiros o apanham a mijar. Com o amor que já lhe professam (sobe, sobe à medida que o ódio cresce, cresce em direcção ao treinador) não terá um momento de descanso para satisfazer tanta procura...
Há sempre qualquer coisa onde pôr defeito. Ora porque o golo foi de contra ataque, ora foi o Rafa que seguia em excesso de velocidade (inteligente, pelos vistos, seria jogar de forma a Rafa não ter espaço para ser letal como tem sido), ora é o jogo partido (onde o Benfica tira quase sempre partido). Nos verdadeiros, a choradeira não tem fim. Os chavões repetem-se ano após ano, época após época, jogo após jogo. Até podia estar a minha tia no banco que os 45 minutos deitados ao lixo e a falta do "fio de jogo" - agora em desuso pela aprendizagem diária (transições e segundas bolas) com os especialistas da especialidade - estão sempre na primeira linha da cobrança.
Passam a puta da vida a dizer que os jogadores são uma merda (nos últimos meses alcançaram o patamar das estrelas para marrarem mais à vontade no treinador) mas nunca lhes exigem menos que uma goleada das antigas! Não há piroca que lhes sirva. Ganhamos mas isto. Vencemos mas aquilo. A primeira parte foi má e na segunda parte não existimos. A jogar assim não vamos longe. Ganhamos mas não jogamos nada. Pusemo-nos a jeito. Só jogamos para trás e para os lados (todos os defeitos que o Tino tinha antes de Roger Schmidt impedir que fosse emprestado, num desatino). Não gostei. Não gostei, não gostei, não gostei. Nunca gostam de nada no Benfica! Coitado do Guardiola, com seu futebol tricotado de pé para pé, para trás e para os lados, paciente à espera de uma abertura para ferir os adversários. Ao primeiro desaire seria esmagado por esta turba furiosa de justiceiros inflamados.
Palmas, muitas palmas, para os inteligentes que assobiaram o treinador por tirar Florentino quando até um burro de porcelana perceberia que o Benfica precisava de tudo menos de um recuperador de bolas que ainda por cima já tinha visto um cartão amarelo! Aos caros verdadeiros ressabiados que ontem sentiram a minha falta, digo-vos que estão completamente desfasados da realidade. Vivem num mundo (deprimente por sinal) onde tudo é mau, que existe apenas na vossa cabeça! Nem gozam as vitórias do Benfica. A onda de crítica reles e deita abaixo é de tal ordem doentia que mesmo quando ganham perdem sempre as estribeiras! Caputa de vidas mais tristes.
Para os restantes cientistas da bola, ainda bem que vem aí a selecção do filho da melhor Dolores do mundo. Pode ser que, entretidos com os handjobs ao Chico e os blowjobs ao Rónalde, se esqueçam por uma milésima de morderem as canelas a Roger Schmidt e ao Benfica. E como dos dois craques nenhum perde bolas infantilmente nem falha golos que mais ninguém falha...